sábado, 31 de março de 2012

Contração do abdômen no ballet


Uma das minhas grandes dificuldades quando danço, seja numa simples aula livre ou até mesmo no palco, é contrair o abdômen sem perder a graciosidade que a bailarina deve ter enquanto dança. Não só meus professores, como também minha mãe já notam isso em mim há algum tempo. Desde muito cedo, e até hoje ambos vivem consertando a minha postura (principalmente na barra, onde a mesma é mais visível). E cá pra nós, já estou cansada de persistir sempre no mesmo erro! Ouvir "contrai o abdômen, Camila!" é tão chato quanto dizer. Por conta disso, andei pesquisando um pouco sobre a contração do abdômen no ballet. Bom, que é importante nos sabemos, mas sabemos exatamente o porque?

 

  • "Um abdômen bem fortalecido ajuda no equilíbrio dos giros e nos trabalhos das pontas, além é claro de melhorar a postura, ajudar nas altas extensões e prevenir lesões na região lombar." (Fonte: Le Monde du Ballet)

  • "O abdômen no Ballet é fundamental, é o centro da força para estabilização central". Com isso, a pessoa que pratica Ballet, precisa ter um bom controle da musculatura abdominal, bem como dos músculos estabilizadores de ombro". A partir daí, há uma liberação do músculo oblíquos, como se quisesse trazer as costelas em direção ao umbigo. O bailarino precisa do centro de força se fechando na cintura, produzida pelo músculo transverso do abdômen" (Cardoso, 2008).

  • A força abdominal que nos é exigida não é apenas para o correto posicionamento postural durante os movimentos, mas também para um adequado equilíbrio da musculatura abdominal e dorsal. Ou seja, com um abdômen bem trabalhado, o seu corpo compensa o esforço realizado pela sua coluna (isso minha gente é uma lei da física: compensação de esforços).

  • "...não é apenas para desempenho das atividades físicas necessárias, mas existe a necessidade de manutenção do equilíbrio corporal geral, seja pela harmonia muscular do corpo ou por compensação devido à sobrecarga em regiões corporais específicas decorrentes das técnicas de Ballet." (Fonte: Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano)

    E essa revista continuava dizendo que é necessário do desenvolvimento da região abdominal para que, devido ao uso excessivo da coluna lombar durante as aulas e coreografias, uma área não precise compensar a fraqueza da outra.

Ou seja, para quem sofre do mesmo problema que eu, ou para quem precisa apenas fortalecer ainda mais essa região tão importante, a dica é: se jogar nos abdominais! (e não é só nas aulinhas de ballet não, viu?!) vamos correr atrás galera!

segunda-feira, 26 de março de 2012

First Position: Um Documentário de Ballet

First Position Official Trailer:


Um documentário que exibe o backstage de uma das maiores competições de ballet do  mundo, o Youth America Grand Prix (YAGP). Seu prêmio é uma bolsa de estudos para a escola da escolha do bailarino vencedor. O filme retrata em 90 minutos as dificuldades físicas, emocionais e financeiras dos participantes. Seis jovens bailarinos foram acompanhados pela diretora Bess Kargman, ambos de várias nacionalidades entre 9 e 19 anos. O documentário inclui entrevistas com pais, professores de ballet e coreógrafos.

sábado, 24 de março de 2012

Exercícios para fortalecer os pés

  • Suba em elevé com os dois pés, então faça um plié forçando o colo do pé para baixo. Estique as pernas e desça os calcanhares devagar. Você pode fazer esse exercício em primeira, segunda e quinta posições e em com os pés paralelos e sexta posição.

  • Faça elevés com um pé, mantendo o outro em coupé. Faça em média 16 elevés em cada pé.


  • Fique com a parte anterior (peito) dos pés em cima de um degrau ou qualquer superfície mais elevada, mantenha os calcanhares num aposição mais baixa em relação ao degrau e faça elevés. Trabalhe os dois pés de uma vez e só quando realmente se sentir confiante tente trabalhar um pé de cada vez. Lembre-se de se apoiar em algum lugar para evitar acidentes.
  • Sente-se com uma perna esticada, movimente o pé de flex para ponta passando devagar pela meia-ponta. Tente ao máximo fazer seus dedos tocarem o chão.

  • Sente-se com as duas pernas esticadas à frente (como se estivesse em primeira posição), faça o mesmo movimento do exercício anterior, mas com as duas pernas en dehors, tentando encostar os dedos mindinhos no chão.

Fique na mesma posição que a bailarina acima,
só que ao invés de puxar os pés para si você os forçará para o lado de fora,
tentando encostar o dedo mindinho de cada um no chão.

Uma coisa que ajuda muito é fazer esses exercícios com caneleiras de 1Kg.
  • Faça os elevés devagar e desça controladamente sem desabar o pé no chão, o exercício terá mais efeito e também ajudará com o equilíbrio.
  • Quando esticar os pés, lembre-se de não dobrar os dedos.
  • Você também pode manter os pés esticados por 30 segundos antes de voltar para o flex, isso aumentará a eficiência do exercício.
Lembre-se de fazer os exercícios frenqüentemente para que tenham efeito.
Você pode começar fazendo 8 vezes cada exercício e depois tentar fazer 16 e 32 vezes!

Os exercícios devem ser feitos com a sapatilha de meia ponta.


Fonte: Le Monde du Ballet

domingo, 18 de março de 2012

Exercícios para aumentar a altura do seu arabesque

Aqui estão alguns exercícios que ajudarão a aumentar a altura do seu arabesque. Não precisa fazer todos, mas procure fazer o primeiro, que ajudará muito na sustentação e o 3 ou o 4 que ajudarão na flexibilidade das costas, impedindo que elas caiam para frente.

Tenha cuidado para não exagerar, o objetivo não é que você se machuque. Quando fizer seu arabesque procure estar bem colocado, pois não adianta perna alta se o corpo está mal colocado e as pernas en dedans. Lembre-se sempre de que o Ballet é uma arte.

  1. Suba a perna em arabesque e apóie na barra ou outro objeto que sirva de apoio. Tente levantar a perna da barra, deixe no ar por 1 contagem de 8 e volte a apoiá-la. Lembre-se de estar com o corpo bem colocado, principalmente os quadris. Repita 4 ou 8 vezes. Tenha cuidado para que o tronco não caia para frente e mantenha os braços em primeira posição ou demi-bras. Repita com a outra perna. À medida que for dominando a altura da perna procure apóia-la em lugares mais altos ou se treinar sempre no mesmo lugar, tente subi-las mais alto no ar.

  2. Na barra, de lado, fique em quinta posição e faça um tendu derrière com a perna de fora. Faça um cambré procurando flexionar as costas ao máximo, mas tendo o cuidado de não apoiar o peso do corpo no pé de trás. Quando atingir o máximo de flexão, comece a subir a costas trazendo a perna em um arabesque. Procure manter o mesmo ângulo entre a perna e as costas de quando você estava no cambré. Continue levando o tronco par frente e puxando a perna para fazer um pencheé. Depois volte para arabesque. Quando se olhar no espelho, se certifique de que a coluna está alinhada com a parte anterior da coxa da perna de apoio e não com a posterior, pois se estiver alinhada com a parte posterior, haverá dificuldade em aumentar a altura do arabesque e estressará a costas. Repita com a outra perna.

  3. Deite com a barriga para baixo e curve as costas para cima, empurrando o chão com as mãos (que devem estar posicionadas embaixo dos ombros). Procure alongar o máximo que puder tendo o cuidado de não exagerar e se machucar. Quando sentir que estão bem aquecidas, volte à posição original. Levante as costas novamente e tente levantar as pernas uma de cada vez mantendo o en dehors. Para compensar, quando terminar o movimento com a s 2 pernas, sente com os pés sob as nádegas e alongue as costas com os braços a frente da cabeça.

  4. Deite de barriga em um banco ou uma mesa de modo que da cintura para cima seu corpo fique pendurado. Peça a um amigo para segurar seus pés e tente levantar o torso. Faça o exercício em séries de 3, porém no terceiro movimento tente manter a posição por alguns segundos. Se ficar inseguro em fazer esse exercício numa mesa ou banco, faça no chão e se não conseguir um amigo para ajudá-lo, tente levantar o torso sem levantar os pés. Para compensar, quando terminar o movimento com a s 2 pernas, sente com os pés sob as nádegas e alongue as costas com os braços a frente da cabeça. Se fizer o exercício anterior antes de fazer esse exercício, só é necessário compensar uma vez, depois do último exercício.

Fonte: Le Monde du Babllet

Exercícios para melhorar o en dehors

Esses exercícios são de autoria de Irene Dowd, uma coreógrafa que trabalha com o National Ballet School of Canadá.


Exercício 1
  • Deite-se de lado tentando manter a posição que você teria se estivesse em pé
  • Dobre os joelhos até os pés ficarem alinhados com os quadris
  • Levante a perna de cima (ainda dobrada), tentando girar seu en dehors ao máximo. Segure a posição por duas contagens de 8 e repita 4, 8 ou 16 vezes
Exercício 2
  • Deite de lado e dobre as pernas pra trás num ângulo de 90 graus com as coxas.
  • Desenhe o número 8 com o joelho, para fora e para dentro. Repita 4, 8 ou 16 vezes
Exercício 3
  • Deitada de lado com as pernas dobradas, faça um developpé com o pé apontando para cima. Faça um enveloppé de modo que o pé fique na frente do joelho da outra perna
  • Repita o movimento, mas desça o pé um pouco atrás do joelho desta vez.
  • Sem tirar o pé dessa posição, desça o joelho e você sentirá a coxa se alongando.
Exercício 4
  • De barriga pra baixo, posicione as pernas como se estivesse fazendo um sous-sous (com a perna que você vai trabalha em cima)
  • Faça 4, 8 ou 16 círculos com essa perna, primeiro en dehors, depois en dedans
Exercício 5
  • Alongue a perna na segunda posição e faça círculos en dehors e en dedans
Exercício 6
  • Sente com a perna que você está trabalhando dobrando pra trás e a outra dobrada pra frente
  • Alongue os quadris, movendo-os para cima e para baixo
Exercício 7
  • Estique a perna de trás mantendo o en dehors
Exercício 8
  • Vire o corpo em direção à perna de trás e alongue a outra perna, sentando em segunda (tente deixar seu peso no meio)
Exercício 9
  • Deixe a perna que você não está trabalhandos para trás en dedans e a que você está trabalhando para frente en dehors
  • Faça 4, 8 ou 16 círculos en dehors e en dedans, tirando a perna ligeiramente do solo.
Repita tudo com a outra perna.

Fonte: Le Monde du Ballet

domingo, 11 de março de 2012

Desenvolvendo seu colo de pé

  1. Relevé

    Faça muitos Relevés!

    No caso da sapatilha de meia-ponta, inicie no chão, sempre passando pela meia-ponta e em seguida pela meia-ponta alta.

    Já se tratando da sapatilha de ponta, faça muitos relevés na mesma, passando sempre pela meia-ponta até a ponta.

    Utilize o mesmo passo a passo na descida


  2. Plié en Pointe

    Caso você ainda não use sapatilha de ponta, você pode utilizar o mesmo exercício na meia-ponta para aumentar o seu colo de pé.

    Primeiro faça plié, em seguida (mantendo o plié) pesse bem pela meia-ponta, até chegar a ponta, feito isso, forçe bastante o peito do pé para o chão (segurando na barra, mas sem transferir o seu peso para ela). Em seguida, estique calmamente as pernas e desça para a posição inicial (também passando bem pela meia-ponta). Repita o exercício 8 vezes.

    • Nunca se esqueça de manter o quadril encaixado!

sexta-feira, 9 de março de 2012

Figurino/Cabelo para Danças Folclóricas


Bom, nesse post irei publicar um "penteado" que encontrei por meio do "Google", algo muito útil e simples para complementar os figurinos utilizados em alguma coreografia de modalidade livre (folclórica/regional).

Encontrei o passo-a-passo de "Cabelo Trançado" num blog. O qual foi postado no mesmo como uma opção de complementar um look para o carnaval, que não é o nosso caso, mas de qualquer forma nos é útil.


Esse penteado é fácil porque começa
a partir de um rabo de cavalo comum





1 - Faça um rabo de cavalo alto 

 2 – Amarre  fitas coloridas de
larguras diversas ( menos de 1 cm) de largura.

3 – Separe pequenas quantidades de cabelo
divididas em 2 partes, junte uma parte
da
  fita e faça uma trança. Continue
fazendo tranças até terminar
todo o cabelo e as fitas.

O resultado final fica de acordo com o tema
da coreografia e enriquece bastante o figurino

Fonte: Penélope Beolchi 

Um outra boa opção é utilizar o cabelo da maneira que quiser (seja ele pranchado, natural, cacheado, preso ou solto) mas sempre acompanhado de um acessório chave, como por exemplo: uma flor natural presa ao cabelo ou se não uma presilha de cabelo com uma flor de tecido (escolha sempre as de cores mais fortes e quanto mais colorida for, melhor!)

Temporada 2012 de Ballets da Cinemark


Marianela Nuñez and Rupert Pennefather
in Giselle Photograph: ROH/Johan Persson



É a partir de amanhã que começa a temporada de dança transmitida do Royal Ballet, de Londres.

O espetáculo "Giselle" tem como bailarinos principais: Marianela Nuñez (Giselle) e Rupert Pennefather (Príncipe Albrecht).

Já no ballet "Romeu e Julieta", os papéis de destaque pertencem a Lauren Cuthbertson e Sergei Polunin

  GISELLE
    10, 11 e 13 de Março
 ROMEU E JULIETA
22 de Março

Cidades: São Paulo, Campinas, Santos, São Caetano, Rio de Janeiro, Niterói, Cotia, Brasília, Campo Grande, Belo Horizonte, Curitiba, Vitória, Salvador, Goiânia, Porto Alegre, Florianópolis, Aracajú, Manaus, São José dos Campos, Barueri, Ribeirão Preto e Natal.

Fonte: Cinemark

quinta-feira, 8 de março de 2012

Cursos

BALLET CLÁSSICO

O curso tem oito anos de duração. Normalmente o primeiro ano é cursado por crianças a partir de sete anos de idade. O ballet clássico dá uma excelente postura, muita elegância e delicadeza, além de desenvolver a musculatura e a flexibilidade.
O clássico é básico para as demais danças.

ROYAL ACADEMY OF DANCE - PREPARATÓRIO PARA EXAMES


A Royal Academy of Dance é a maior organização de treinamento de professores de Ballet Clássico e também de exames. Seu objetivo é desenvolver os mais altos níveis de ensino. O método Royal acredita na importância de cada estudante ter uma meta e o progresso é medido pelos Exames, abertos a todos os estudantes, oferecendo-lhes um desafio para demonstrarem o seu entendimento e conhecimento do trabalho.
Este método para exames (Syllabus) foi cuidadosamente elaborado.

BALLET DE REPERTÓRIO

Para nível intermediário e avançado. Repertório, do latim repertoriu, 'inventário', segundo o Aurélio, quer dizer, entre outras definições: conjunto das obras interpretadas por uma companhia teatral, por um ator, por uma orquestra, por um solista, etc. Em relação à Arte, mais do que sempre, repertório está ligado a perenidade, universalidade e atemporalidade. De uma forma ou de outra, mais próxima ou não da idéia que temos 'a priori' do que seja repertório, o certo é que, em relação à dança, a palavra está sempre associada a uma coleção de peças que reunidas a partir de determinados critérios formam o acervo de uma companhia.

BABY-CLASS


Composto por crianças de 03 a 06 anos. Nesta faixa etária os movimentos de concentração da criança são cada vez mais prolongados, ela é muito ativa, gosta de correr e saltar. Com aulas de uma hora de duração é desenvolvido, através da música, o sentido do espaço, medida e atenção, observação e execução de movimentos. Desta maneira desenvolve-se de uma forma bem descontraída, a coordenação para a sua melhor interação com a vida e o seu cotidiano. O baby-class tem a finalidade de despertar o interesse pela dança e o ritmo para a prática do ballet.

JAZZ


O curso de jazz é indicado para crianças a partir de sete anos de idade. O jazz ajuda a pessoa a se desinibir, dá flexibilidade e fortalece a musculatura.

STREET DANCE


É um estilo mais agressivo de dançar. Executado com movimentos cheios de energia, intensidade e precisão, mescla as tendências do break, do funk e do ritmo batido e marcado do rap. Proporciona um bom condicionamento físico, ativa o sistema cardiovascular, funciona como terapia, melhora reflexos, postura, desenvolve a coordenação motora, aumenta a resistência muscular e reduz o percentual de gordura corporal. Pode ser praticado por pessoas de todas as idades.
 
BALLET ADULTO

Esse curso, que evidentemente não forma profissionais, respeita as limitações individuais, têm exercícios moderados e visam principalmente a correção da postura, alongamento e fortalecimento muscular do abdômen, glúteos e coxas. São 03 cursos distintos: Ballet Clássico, Jazz e Sapateado.

DANÇA DO VENTRE

Proporciona uma série de benefícios físicos, emocionais e espirituais. Ativa a circulação sanguínea, alonga e dá flexibilidade ao corpo e educa a postura. Resgata a feminilidade, promove o auto conhecimento permitindo o desbloqueio de sentimentos reprimidos. Dá harmonia e equilíbrio entre os chakras. Além de cuidar do seu corpo, a dança do ventre trabalha a desinibição, feminilidade e o equilíbrio dos chakras. Os movimentos são localizados, definidos e realizados em associação com as emoções, conferindo à mulher saúde, encanto e beleza. O curso é dividido em nível iniciante e avançado, sendo composto por: alongamento e condicionamento físico; expressão corporal e desenvolvimento de estilo próprio; primeiras noções e batismo; danças "folclóricas" e "sagradas" e história da Dança do Ventre.

ALONGAMENTO/RELAXAMENTO


É sabida atualmente a importância dos alongamentos musculares na prevenção e tratamento de doenças osteomusculares como tendinites, ciatalgias, bursites, fadiga muscular, assim como na postura corporal. Mantém os músculos flexíveis e ajuda a concretizar a atividade rigorosa sem tensões indevidas. Os alongamentos ajudam na prevenção de lesões. Todos podem fazer alongamentos, independente da idade ou flexibilidade. Associamos aos alongamentos técnicas de relaxamento, juntando assim os meios para tratar o cansaço físico e mental.

DANÇA DE SALÃO


É recomendado a pessoas de todas as idades, tamanho, raça, religião, enfim, não há discriminação para prática desta arte. A dança de salão está sendo realizada como método de terapia antiestressante, além de ser ótimo para a socialização , descontração e divertimento. Auxilia na recuperação de pessoas com tratamento psicológico. As aulas acontecem em grupos ou individualmente onde são ensinados os seguintes ritmos: Forró, Gafieira, Bolero, Pagode, Salsa, Merengue, Rock (anos 60), Valsa, Chá-chá-chá, Tango e Zouk (lambada).

DANÇA CONTEMPORÂNEA

A marca da dança contemporânea é retratar o cotidiano atual, é uma integração. Ballet e dança contemporânea coexistem frequentemente numa mesma companhia e até numa mesma coreografia. No entanto, por dispensar muitas vezes as sapatilhas de ponta, e valorizar o uso do chão, a dança contemporânea preenche todos os espaços se ajustando ao nosso tempo real. O corpo comanda o movimento, tentando exprimir os sentimentos do ser humano de uma forma menos rígida que o ballet clássico, ou seja sem uso de posições e postura sempre ereta.

FLAMENCO

É uma excelente forma de extravasar pois exige movimento de todo o corpo ao mesmo tempo de formas diferentes. Suas coreografias são cercadas por mistério, repletas de significados. Caracteriza-se pela percussão dos pés, mãos e instrumentos.
Melhora os reflexos e a coordenação motora, além de auxiliar no conhecimento rítmico, musicalidade e leveza. O curso oferece conhecimento sobre a história da arte flamenca, sapateado flamenco, ritmo com palmas e pés, castanholas e outros materiais utilizados na dança e no baile flamenco.

SAPATEADO

É uma arte que vem sendo bastante difundida no Brasil, principalmente nas grandes capitais. Além de dança e arte, o sapateado é também um instrumento de percussão onde, com simples ou complexas batidas dos pés, executam-se sons e melodias rítmicas das mais variadas e ricas. É bastante versátil, trabalha-se em cima de todos os ritmos musicais sem nos prendermos a convenção do sapateado tradicional, ou seja, Jazz, Blues e alguns clássicos da música popular americana. Temos o Samba, a Bossa Nova, a MPB e a música latina bem próximos. O Sapateado é procurado pelas pessoas para distração e relaxamento, já que é uma dança que não tem limite de idade, sexo e nem exige muito esforço físico para iniciantes. As aulas de sapateado são muito descontraídas, ótimas para quem sofre de tensão.

Fonte
: Studio Corpo e Dança

Ballet de Repertório

"O Ballet de Repertório é um tipo de ballet que é envolvido com uma história, como se fosse uma peça teatral. Só que diferentemente das peças, o ballet de repertório não tem falas, a encenação é toda feita através de gestos, danças e música.

Para a montagem de um ballet de repertório são necessários muitos bailarinos, alguns serão os personagens principais e outros farão parte do corpo de baile, dançando as coreografias em grupos.

Para cada ballet existem as coreografias que devem ser seguidas minuciosamente, mas as companhias de ballet sempre fazem algumas adaptações que devem ser citadas, como uma remontagem.

Os ballets de repertório mais tradicionais foram montados e encenados durante o século XIX, e até hoje são remontados com as mesmas músicas e coreografias de origem."

Fonte: 11ª Arte

Ballets de Repertório
:

La Sylphide
Scheherazade
La Esmeralda
Harlequinadde
O Quebra Nozes
Romeu e Julieta
Chamas de Paris
A Filha do Faraó
A Bela Adormecida
O Lago dos Cisnes
O Espectro da Rosa
La Fille Mal Gardée

Sala de aula: Pontos e Posições do corpo


Direcionamentos
:

  1. Devant: À frente
  2. Derrière: Atrás
  3. À la seconde: Ao lado
  4. Croisé: Cruzado
  5. Effacé: De frente
  6. Ecarté: Separado, afastado
     













Ponto 1: Devant
              Refere-se à frente da sala ou a platéia (se tratando de um espetáculo)

Ponto 2: Croisé Devant
              Obtido com a perna esquerda na frente

Ponto 8
: Croisé Devant
             Obtido com a perna direita na frente

OBS: Se tratando do Croisé Derrière, o mesmo pode ser obtido também de frente para os pontos 2 e 8, mas, nesse caso, com a perna direita atrás e com a perna esquerda atrás, respectivamente.

quarta-feira, 7 de março de 2012

A História do Ballet Clássico


"A história do ballet começou há 500 anos atrás na Itália. Nessa época os nobres italianos divertiam seus ilustres visitantes com espetáculos de poesia, música, mímica e dança. O primeiro ballet registrado aconteceu em 1489, comemorando o casamento do Duque de Milão com Isabel de Árgon.

Os ballets da corte possuíam graciosos movimentos de cabeça, braços e tronco e pequenos e delicados movimentos de pernas e pés, estes dificultados pelo vestuário feito com material e ornamentos pesado.

Ballet Cômico da Rainha - França 1581
Quando a italiana Catarina de Medicis casou com o rei Henrique II e se tornou rainha da França, introduziu esse tipo de espetáculo na corte francesa, com grande sucesso. O mais belo e famoso espetáculo oferecido na corte desses reis foi o "Ballet Cômico da Rainha", em 1581, para celebrar o casamento da irmã de Catarina. Esse ballet durava de 5 a 6 horas e fez com que rainha fosse invejada por todas as outras casas reais européias.

O ballet tornou-se uma regularidade na corte francesa que cada vez mais o aprimorava em ocasiões especiais, combinando dança com música, canções e poesia e atinge ao auge de sua popularidade quase 100 anos mais tarde através do rei Luiz XIV. Luiz XIV, rei com 5 anos de idade, amava a dança tornou-se um grande bailarino e com 12 anos dançou, pela primeira vez, no ballet da corte.

Este rei fundou em 1661, a Academia Real de Ballet e a Academia real de Música e 8 anos mais tarde, a escola Nacional de Ballet.

As 5 posições dos pés - Por Pierre Beauchamp
O professor Pierre Beauchamp, foi quem criou as cinco posições dos pés, que se tornaram a base de todo aprendizado acadêmico do Ballet clássico. A dança se tornou uma profissão e os espetáculos de ballet foram transferidos dos salões para teatros.

No começo todos os bailarinos eram homens, que também faziam os papéis femininos, mas no fim do século XVII, a Escola de Dança passou a formar bailarinas mulheres, que ganharam logo importância, apesar de terem seus movimentos ainda limitados pelos complicados figurinos.

Marius Petipa - Bailarino, professor e
coreógrafo russo nascido na França
O período Romântico na Dança, após algum tempo, empobreceu-se na Europa, ocasionando o declínio do ballet. Isso porém, não aconteceu na Rússia, graças ao entusiástico patrocínio do Czar. As companhias do ballet Imperial em Moscou e São Petersburgo foram reconhecidas por suas soberbas produções e muitos bailarinos e coreógrafos franceses foram trabalhar com eles. O francês, Marius Petipa, fez uma viagem à Rússia em 1847, pretendendo um passeio rápido, mas também tornou-se coreógrafo chefe e ficou lá para sempre. Durante sua estada na Rússia, Petipa coreografou célebres ballets, todos muito longos reveladores dos maiores talentos de uma companhia. Cada ballet continha danças importantes para o Corpo de Baile, variações brilhantes para os bailarinos principais e um grande pas-de-deux para primeira bailarina e seu partner. Petipa sempre trabalhou os compositores e foi Tchaikowsky que ele criou três dos mais importantes ballets do mundo: a "Bela Adormecida", o "Quebra-Nozes" e o "Lago dos Cisnes".

Mas chegara o momento para outra linha revolucionária, desta vez por conta do russo Serge Diaghilev, editor de uma revista de artes que, junto com amigos artistas estava cheio de idéias novas pronta para colocar em prática. São Petersburgos porém não estava pronta para mudanças e ele se decidiu por Paris, onde começou por organizar uma exposição de pintores russos, que foi um grande sucesso.

Vaslav Nijinsky - Bailarino e
coreógrafo russo
Depois promoveu os músicos russos, a ópera russa e finalmente em 1909 o ballet russo. Diaghilev trouxe para a audiência francesa os melhores bailarinos das Companhias Imperiais, como Ana Pavlova, Tamara Karsaviana e Vaslav Nijinsky e três grandes ballets sob direção de um jovem brilhante coreógrafo Mikhail Fokine, a quem a crítica francesa fez os melhores comentários. Os russos foram convidados a voltar ao seu país em 1911e Diaghielev formou sua própria Companhia, o "Ballet Russo", começando uma nova era no ballet.

Nos dezoito anos seguintes, até a morte de Diaghilev, em 1929, o Ballet Russo encantou platéias na Europa e América, devendo a sua popularidade à capacidade do seu criador em descobrir talentos novos, fragmento-se depois por todo o mundo.

No momento atual as peças de ballet são cheias de variedades e contrastes. Trabalhos antigos como "Giselle" e o mundo inteiro ao lado de outros, como os baseados em romances de Shakespeare e ainda criações recentes assinadas por coreógrafos contemporâneos e dançadas também por bailarinos do nosso tempo.

Qual será próximo passo?

Na sua longa história, o ballet tomou muitas direções diferentes e, por ser uma arte muita viva, ainda continua em mudando. Mas, apesar das novas danças e das tendências, futuras existe e existirá sempre um palco e uma grande audiência para os trabalhos tradicionais e imortais.

A ÓPERA-BALLET

Na primeira metade do século XVIII, entra em cena na França a ópera-ballet, que realizou o inverso dos ballets anteriores. Nas comédias-ballet, a dança está a serviço do enredo, da música, e dos outros elementos. Já na ópera-ballet, todos os elementos estão subordinados à dança e servem para conduzi-la. Era praticamente uma peça inteiramente cantada e dançada. O enredo, porém, era extremamente fraco, não havendo uma trama ou história propriamente dita, com início, meio e fim. Personagens mitológicos voltaram a ser usados, porém viviam como se fossem mortais, quase sempre passando por aventuras amorosas.

A ópera-ballet herdou dos ballets de côrte a cenografia e as vestimentas pouco adequadas. As roupas cobriam todo o corpo e inclusive o rosto: as máscaras eram amplamente utilizadas, de forma que não trabalhavam a expressão facial. O figurino era sempre pesado e incômodo, quase incompatível com a dança leve e elevada, mas, no entanto, a técnica era bem menos rigorosa que a atual.

A REFORMA DA DANÇA

Em 1754, Luís de Cahusac foi o primeiro a criticar o excessivo apego à forma e não ao conteúdo da dança.
Ele era um famoso libretista (que constrói o libreto, a história da peça), historiador, e, principalmente, crítico.
Para ele, qualquer manifestação artística servia para imitar a vida real, e por isso a dança deveria ser uma forma de se expressar com o corpo as intempéries da alma. Franz van Weuwen Hilferding, um bailarino austríaco que estudou na França, se tornou maitre de ballet em Viena, Stuttgart, e São Petersburgo, onde produziu ballets repletos de ações, mímicas e mise-en-scenes. Mas esses ballets ainda não constituíam uma ação completa, eram um aglomerado de historietas que juntas não tinham sentido algum. O principal nome da reforma é Jean Georges Noverre.

Conhecido por sua insatisfação com a dança e as regras de sua época, ele estudou dança mas não entrou na Academia Real, como ditavam as regras. Começou, então, a viajar de um lugar para outro, primeiramente como bailarino, e logo coreografando peças e espetáculos. Com 27 anos já era um maitre de ballet de renome, espalhando suas idéias inovadoras por onde passasse e influenciando toda a Europa. Dessa forma, depois de muito viajar por todo o continente, foi finalmente nomeado Maitre de Ballet da Academia Real de Paris (contra a vontade do corpo de baile e dos tradicionais, porque esses acreditavam que só alguém que já foi bailarino da Academia poderia ser maitre da academia). Lá, ele criou poucas peças em virtude da falta de apoio por parte dos bailarinos, mas talvez uma delas seja a mais inovadora de sua carreira: "lês Caprices de Galanthée", em 1781. Não continha canto, mas apenas danças e mise-em-scenes. Foi o primeiro ballet a romper definitivamente com o estilo das óperas. Noverre criou, assim, o ballet que girava em torno de uma só ação dramática, que contava uma história, síntese do Ballet de Repertório. O mestre acreditava que, antes de ser uma manifestação estética, a dança era uma forma de se exprimir emoções com o corpo. A estética do movimento era apenas uma consequência da emoção que brotava na alma do dançarino. Os bailarinos não poderiam deixar de lado a técnica, mas esta não era, de forma alguma, mais importante que a emoção que a dança busca exprimir.

Noverre insistia muito no endehors, mas para ele nada deveria ser forçado: a abertura do quadril seria trabalhada através de exercícios como os rond de jambs e grand battements. Ele ainda criticava os bailarinos de sua época por trabalharem excessivamente o corpo e pouco a alma, tornando-se ignorantes na arte expressiva. Para ele, o bailarino deveria dividir seu tempo igualmente entre os estudos da arte dramática e as aulas para o corpo. Noverre criticou fortemente as vestimentas que cobriam os bailarinos: para ele, tudo deveria facilitar a técnica e principalmente a expressão no desenvolvimento da trama da história de cada ballet. Por isso, ele também retirou as máscaras de cena: "O rosto é o órgão da cena muda, é o intérprete fiel de todos os movimentos da Pantomima (dança expressiva), é o suficiente para banir as máscaras da dança".


Em 1789, um discípulo de Noverre, Jean Dauberval, foi para Bordeaux, seguindo uma bailarina que amava, mas que não se dava bem com a direção da Ópera de Paris. Em Bordeaux, Dauberval criou La Fille Mal Gardée, o mais antigo ballet dançado até hoje. Quase nada de sua coreografia original foi mantida, mas sabe-se que era um ballet alegre e impregnado dos ideais da Revolução Francesa. Nasceram assim os Ballets de Repertório, que vêm sendo dançados e adaptados até hoje, e nos quais a ação dramática deve ter início, meio e fim, representados a partir de danças e mise- en-scenes. O mestre Noverre transformou o ballet clássico em uma dança que não se limitava a uma execução mecânica, que foi capaz de emocionar pessoas em todo o mundo nos séculos seguintes.

OS BALLETS ROMÂNTICOS

O Romantismo do século XIX transformou todas as artes, inclusive o ballet, que inaugurou um novo estilo romântico onde aparecem figuras exóticas e etéreas se contrapondo aos heróis e heroínas, personagens reais apresentados nos ballets anteriores. Foi nesta época que os Ballets de Repertório se firmaram.

O Romantismo foi um movimento artístico de valorização do sentimento em detrimento da razão (como desejava o mestre Noverre) e no qual a imaginação era deixada à solta, sem qualquer controle ou auto-censura. Dessa forma, a dança que expressa algo, que mostra sentimento, cresce notoriamente, sem deixar morrer o imenso desenvolvimento técnico que havia acontecido anteriormente. No momento, o que se buscava através da técnica eram formas expressivas, a poesia do corpo, a fluidez da dança e não o virtuosismo e a beleza das formas.

Esses novos ideais, baseados na "Igualdade, Liberdade e Fraternidade" da Revolução Francesa, se afastam totalmente dos ideais estéticos greco-romanos. Os artistas tendem a se inspirar no seu cotidiano, nas suas emoções reais, e não na idealização da perfeição dos Deuses.

Uma das grandes inovações da Era Romântica foi o surgimento da dança na ponta dos pés. Eis um bom exemplo dos ideais românticos: houve um imenso desenvolvimento da técnica, mas os objetivos desse desenvolvimento vão muito além da estética da forma: na ponta dos pés, a bailarina se torna muito mais leve e expressiva, pelo menos aos olhos do espectador. Com as pontas, surge a supremacia feminina no balé: os bailarinos agora serviam de suporte, para apoiar e levantar as grandes estrelas. Para isso, eles deviam ser fortes, e belos e expressivos para as histórias de amor. A dança agora se torna mais sensual (para os padrões da época): para equilibrar a bailarina na ponta, o partner deveria ampara-la com seu corpo ou ao menos segura-la pela cintura.

Nesse clima, em 1832, nasceu La Sylphide. Foi o primeiro ballet já coreografado para as pontas e o primeiro grande ballet romântico. Retratava um dos tema preferidos do romantismo: o amor entre mortais e espíritos, e inaugurava a imaginação sem fim, que tratava de temas cotidianos somados a seres como ninfas, duendes, fadas e elfos. Mostra uma grande preocupação com imagens sobrenaturais, sombras, espíritos, bruxas, fadas e mitos misteriosos: tomando o aspecto de um sonho, encantava a todos, principalmente pela representação da bailarina que se movia no palco com inacreditável agilidade na ponta dos pés, dando a ilusão de que saía do chão.

Os Deuses do Olimpo (gregos e romanos) estavam quase esquecidos.

As roupas brancas e longas das ninfas, quase sempre com fartas saias de tule com collants, acentuavam o corpo das bailarinas, o que contribuiu para a sensualidade e para a necessidade de se lapidar ainda mais a técnica, pois agora o corpo aparecia mais (as saias de tule são um pouco transparentes) e não era mais tão disfarçado pela roupagem. Nesses mesmos moldes, o ballet "Giselle" estreou em 1841, sendo remontado mais tarde pelo menos duas vezes. Assim como La Sylphide, Giselle apresentava um 1º ato realista, entre os camponeses, e o 2º ato mais fantástico. Ao invés das ninfas apresentadas no primeiro ballet, no segundo ato de Giselle surgiram novos seres imaginários, as Willis, que eram como ninfas más. Dos grandes nomes da primeira metade do século XIX, La Sylphide lançou Maria Taglioni, este ballet foi criado para ela, a mais perfeita bailarina romântica, harmoniosa, que parecia flutuar, portadora do tipo físico ideal ao romantismo.

Giselle lançou Carlota Grisi, uma mulher com uma interessante história pessoal, inspiradora do ballet: foi profundamente amada por Julius Perrot, o coreógrafo do ballet, com quem viveu, e também foi musa inspiradora do Libretista dessa obra, Theóphile de Gautier, que morreu balbuciando seu nome. A segunda bailarina que estrelou Giselle foi Fanny Elssler, muito conhecida por seu estilo forte e voluptuoso. Este ballet romântico representa o maior de todos os testes para a bailarina até os dias de hoje.

A DANÇA PELA EUROPA

Arthur Saint-Léon - Coreógrafo, bailarino
e violinista. Foi mestre de ballet do Balé
Imperial de São Petesburgo de 1859 a 1869
O romantismo marca também a queda da dança francesa. Nessa época, os grandes nomes, sejam coreógrafos ou bailarinos, circulavam por toda a Europa, e principalmente por São Petersburgo e Viena. Na Ópera de Paris nada de esplendoroso aconteceu, a não ser da criação de Le Corsaire, de Mazilier, em 1856, e Coppélia, de Arthur Saint-Leon, em 1870.

As bailarinas italianas espalhavam uma nova "moda": a dança mais acrobática, mais voluptuosa, como a de Fanny Elssler. Na Rússia, a monarquia dos Czares incentivava e investia na dança, como forma de mostrar seu poder e grandiosidade. Tal situação atraiu talentos de toda a Europa, que fugiam do mercantilismo e da conseqüente falta de investimento na dança.

O NEOCLASSICISMO NA DANÇA

Nijinsky e Pavlova

A partir do início do século XX, a influência do ballet russo se espalhou por toda a Europa. A grande expansão da dança russa se dá com Diaghilev, um amante das artes que organizou uma espécie de "grupo itinerante", que apresentava os ballets russos por todo o mundo. Com Diaghilev trabalharam alguns dos maiores nomes do século XX:

George Balanchine - Coreógrafo e fundador
do "New York City Ballet"
Michel Fokine (coreógrafo de Les Sylphides), Anna Pavlova, Nijinsky (grande bailarino e autor de peças como A Sagração da Primavera) e Balanchine (também coreógrafo e fundador do New York City Ballet).
Diaghilev acreditava que a dança deveria ser o encontro de todas as artes, e por isso os cenários das peças de seu grupo costumavam ter assinatura de grandes nomes, e as músicas eram de autoria dos novos talentos como compositores, como Stravinsky. Isso tudo sem contar com inovações como a valorização do corpo de baile, que então deixou de apenas figurar, ganhando mais números e destaque.

Enfim, foi graças a Diaghilev que a força da dança ressurgiu no ocidente, chamando a atenção do público (porque suas peças eram sempre ricas ou polêmicas) e dos novos talentos que surgiram a partir de então.
Era uma nova dança: extremamente virtuosa, com um toque de poesia, modernidade e inovação.

Nessa mesma época, um grupo sueco causa grande polêmica. Interessados em romper com as tradições, em 1920 Rolf de Maré e o coreógrafo Jean Börlin fundam um grupo cuja maioria provinha da Ópera Real de Estocolmo. Os suecos passaram 5 anos espalhando sua polêmica na Europa, participando da extraordinária criatividade de sua época e transformando o ballet em uma arte contemporânea. Suas peças mais marcante foram La Création du Monde, em 1923 e Relâche, em 1924, sendo que esta última foi a primeira peça de ballet que utilizava cinema (o filme entre'acte, de René Clair). Sendo assim, os suecos foram responsáveis pela introdução do cubismo no balé, utilizando até um cenário de Picasso no ballet Icaro.

Em 1925, não aguentando as pressões que sofriam, por problemas e contradições de sua arte (a técnica acadêmica clássica ainda era utilizada, com toda a sua rigidez, apesar de toda a maleabilidade de suas idéias, cenários e histórias) o grupo se dissolveu. Foi assim que a dança, ainda clássica, incorporou os ideais modernos. Através desses grupos, das concepções coreográficas de Balanchine, Fokine e Nijinsky, de bailarinas revolucionárias e marcantes como Anna Pavlova. As primeiras décadas do século XX se dividiram, assim, entre o brilhantismo acadêmico russo e as inovações dos grupos (russo e sueco) que percorreram o ocidente."

Fonte: Ebah

Gulvira Kurbanova - Ousadia, Determinação e Persistência


Hoje trago a vocês uma história inspiradora, da bailarina Gulvira Kurbanova (Cazaquistão)

Após terminar sua primeira rodada no Concurso Internacional Coreia 2010, (em
Don Quixote Pas de deux), no dia seguinte, a notável bailarina havia ferido gravemente seu joelho esquerdo. O mesmo foi "embrulhado", mas ainda assim, seu inchaço era facilmente perceptível.

Já na rodada final do concurso, onde Gulvira dançou o "Le Corsaire Pas de deux", que já é suficientemente difícil sobre duas pernas saudáveis (imaginem dançar esse Pas de deux com uma perna "defeituosa") a situação com o joelho ainda era a mesma.

Um dia antes da apresentação final, durante o ensaio, Gulvira tentou
os fouettes da coda e após alguns deles, a dor se tornou insuportável fazendo com que a bailarina caísse no chão em dor agonizante.

Durante o ensaio da tarde, em que a bailarina ensaiou a sua variação/solo "
Gamzatti", que por sinal é muito difícil e exige muitos saltos, ela continuou insistindo, mas ainda assim marcando os grand jetes, afinal, a sua perna esquerda já estava comprometida o bastante e Gulvira preferiu não tentar um salto forte, com medo de machucar ainda mais a sua perna.

Quando o seu grande momento chegou, a bailarina foi forçada a tomar
uma injeção no joelho para aliviar a dor, na esperança de ajudá-la a realizar todos os movimentos na hora decisiva do concurso.

Felizmente, tudo deu certo quando o seu momento de glória chegou! A bailarina deu tudo de si e em momento algum deixou transparecer o ocorrido. A mesma contou com o grande apoio de seu partner,
Nurlan Konokbaev, que teve o grande coração da bailarina como inspiração.

Me emocionei muito com a história
, ela deu tudo de si na rodada final. É de fato, uma grande inspiração!

"...esta bailarina incrível, cujo coração de ouro demonstra a todas as meninas que querem ser bailarinas, que se você tiver determinação, nada é impossível. Ela prova que você nunca pode desistir."

segunda-feira, 5 de março de 2012

Cursos/Oficinas - Salvador/BA



Festival Vivadança - 2012
 

Programação/Oficinas:  
  1. Workshops Hip Hop

    DJ (
    Professor: DJ Môpa), Break (Professor: Ananias Break) e Grafite (Professor: Lee27)

    Data: 18 de Abril de 2012 (Sábado)
    Horário
    : 12h às 16h

    Inscrições no local e/ou através do email: oficinashiphop@gmail.com
    Curso Gratuito

  2. Workshop | Master Class (com Toukif Oudrhiri Idrissi): 

    Data
    : 20 de Abril de 2012 (Segunda-feira)
    Horário: 17h às 19h
    Inscrições:
    Até dia 16 de Abril - mesdadanca@gmail.com
    Curso Gratuito

  3. Aulas para amadores e profissionais:

    Breaking (Dias: 30 de Março e 01 de Abril / Professor: Ananias Break);
    Ballet Clássico (Dias: 31 de Março, 02, 07, 09, 14 e 16 de Abril / Professor: Joffre Santos);
    Percussão Corporal (Dias: 06 e 08 de Abril / Professor: Osvaldo Rosa);
    Dança do Ventre (Dias: 13 e 15 de Abril / Professora: Gal Sarkis)


    Data
    : Entre os dias 30 de Março e 16 de Abril de 2012
    Horário
    s: Sempre das 17h às 18:30h

    Cada aula custará R$5,00

Fonte: Vivadança! - Oficinas

Entrevista exclusiva com a bailarina Luiza Lopes


Para iniciar o blog "Expressão da minha alma" com o pé direito, nada melhor que um post especial.
Como qualquer outra bailarina apaixonada por essa arte maravilhosa, estou sempre de olho nos grandes nomes da dança e a procura de mais inspirações.

Tchaikovsky Pas de Deux | Foto Reginaldo Azevedo
George Balanchine © 2009 | The George Balanchine Trust
E foi assim, através do site de relacionamentos Facebook, que eu descobri a lindíssima Luiza Lopes. Com grande reconhecimento no universo da dança, a paulistana de apenas 21 anos é premiada em festivais e diplomada pela Royal Academy of Dance de São Paulo.

Atualmente, a bailarina integra a São Paulo Companhia de Dança, na qual foi solista das peças de George Balanchine: Serenade, Theme and Variatons e Tchaikovsky Pas de Deux.

Assim, logo que tive a ideia de criar esse espaço destinado a outros bailarinos, que assim como eu gostam de se manter sempre atualizados, decidi iniciar a página entrevistando uma bailarina com grande reconhecimento na dança. De imediato pensei na Luiza, e sem pestanejar procurei entrar em contato com a mesma. Informei-lhe sobre o blog e perguntei se existiria a possibilidade dela dar uma simples entrevista, no mesmo dia obtive uma resposta (educadíssima por sinal! Só podia ser mesmo, uma bailarina) da simpática paulistana, me concedendo respostas às seguintes perguntas:

- Como foi que a sua história começou?

"Tinha uma amiga do meu pai, que era professora de ballet, e sempre me via pulando pelos cantos, então um dia ela falou para o meu pai que eu tinha jeito pro ballet, e que ele devia me colocar em uma escola… e então meus pais me levaram para fazer um teste na Escola Municipal de Bailados, e eu passei para o primeiro ano de ballet. No começo eu fazia, mas bem como hobby mesmo… e a partir do terceiro ano, comecei a me apaixonar de verdade pelo ballet, e decidi que era isso que eu queria pro resto da minha vida... e foi assim que tudo começou…"

- Você sempre quis ser bailarina?

"Como já diz na resposta acima, eu comecei a querer ser bailarina de verdade, a partir do meu 3º ano de ballet, mais ou menos aos 11 anos, e ai decidi que era isso que eu queria pra minha vida!"

- Quem te inspirou na sua jornada?

Theme and Variations | Foto Silvia Machado
George Balanchine © 2010 | The George Balanchine Trust
"Seria difícil citar todos... meu pai e minha mãe, minha primeira professora, Nelly Guedes, meus mestres Ilara Lopes, Jorge Peña e Eduardo Bonnis. Quando morei em Londres, tive a oportunidade de assistir de perto grandes estrelas como Marianela Nuñez, Sylvie Guillem, Darcey Bussell, Carlos Acosta, Federico Bonelli e etc… e com certeza, eles eram (e ainda são) uma fonte de inspiração sem fim! Algumas dessas pessoas me inspiraram artisticamente, e outras me inspiraram como pessoa e ser humano."

- Como é a sua vida de bailarina? Quantas horas por dia você ensaia, e o que mais você faz ao longo do seu dia?

"Entro na São Paulo (Cia de Dança), às 10 horas da manhã, fazemos uma aula de uma hora e meia e temos o resto do dia de ensaios, com uma hora de pausa para almoço. Nossos ensaios, normalmente, são até às 19 horas.
Eu comecei a faculdade de psicologia esse ano, então saio da companhia, e vou direto pra faculdade, também faço academia/preparação muscular (3 vezes por semana na parte da manhã), antes de ir pra Cia."

- Nesses anos atuando na área da Dança, houve algum momento crucial em que você pensou em desistir? E da mesma maneira, houve algo ou alguém que te incitou a seguir em frente?

"Tiveram alguns (poucos) momentos de vontade de desistir quando eu ainda não era profissional, mas acho que nunca pensei nisso como uma real possibilidade, era apenas o impulso do momento. E quando isso aconteceu, quem me incitou a seguir em frente, foi o meu pai (que já foi ator) e dizia pra mim, que por mais que houvesse dificuldades, não existia nada no mundo, mais prazeroso do que subir no palco."

- Quais são os seus planos e sonhos futuros?

"Acho que no mundo em que vivemos hoje, não dá pra planejar muito o futuro, mas sonho sim, e sonho em continuar sendo feliz e realizada com o meu trabalho como sou hoje, pelo resto da vida."

- Para encerrarmos, deixe uma mensagem para as bailarinas que estão lendo a entrevista...

Luiza Lopes e Norton Fantinel em cena de Legend | Foto Sílvia Machado
"Se for realmente esse o seu sonho, não desista no primeiro obstáculo que encontrar pela frente, vamos encontrar muitos deles ao decorrer da nossa jornada, mas se seguirmos superando e aprendendo com eles, e se dedicando ao máximo a nossa profissão, o resultado final, o prazer de entrar em cena, será certamente mágico e gratificante."








Entrevista realizada em: Março de 2012
 

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Dicas úteis para bailarinos; Entrevistas; Divulgação de audições/eventos - principalmente os realizados em minha cidade (Salvador-BA)/espetáculos/bailarinos/workshops/cursos e etc. Tudo isso você encontra no "Expressão da minha alma", que reúne em um único espaço "de tudo um pouco" sobre o mundo da dança.

Criado em fevereiro de 2012 o blog "Expressão da minha alma" é uma página que criei com o objetivo de compartilhar diversos assuntos relacionados ao mundo da dança, em sua maioria, questionamentos levantados por mim mesma ao decorrer da minha carreira de bailarina. Esse espaço é destinado principalmente a outros bailarinos, que assim como eu gostam de se manter sempre atualizados. Nós bailarinos vivemos em constante aprendizado e foi justamente com essa linha de pensamento que tomei a iniciativa de criar esse blog, afinal, ao publicar algo também estarei aprendendo cada vez mais sobre essa arte, pois antes faço uma breve pesquisa (quando necessário) para postar artigos de conteúdo, com isso, também estarei aprendendo cada vez mais sobre essa arte.

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