Paquita

Photo © 2008 Marc Haegeman
© Bolshoi Theatre
Esse ballet em dois atos, conta a história de Paquita, criada por ciganos, que salva a vida do filho de um general francês, Lucien. Sua estréia foi em 1 de Abril de 1846, na Academia Real de Música de Paris, com libreto de Joseph Mazilier e Pierre Foucher e coreografia de Joseph Mazilier, com música de Edouard Marie Ernest Deldevez. No ano seguinte, Petipa o produziu como seu trabalho de estréia para o Ballet Imperial e, em 1881, pediu a Minkus, que adicionasse música para um Pas de Trois (coda), que foi levado para Ato I e uma mazurka para crianças e um Grand Pas, ambos a serem acrescentados ao final do ballet, daí o porquê de muitas músicas lembrarem Don Quixote. É por essas peças que o ballet é, mas conhecido. Com Carlotta Grisi no papel – titulo e Lucien Petipa como Lucien. Foi fruto dos gostos exóticos do ballet romântico que prezavam tons de outras culturas. A história se passa na Espanha, durante o período em que o país enfrentava a invasão napoleônica e conta a história de Paquita, uma moça que foi raptada na infância por ciganos, que mataram seus pais e a criaram. Ela conhece Lucien d’Hervilly, filho de um general francês, que logo se apaixona por ela. Lucien, porém, está comprometido com Serafina, filha de um governador espanhol, D. Lopez de Mendonza. Um compromisso feito por razões políticas e que não empolga a nenhum dos dois envolvidos e enfurece Mendonza, que não deseja ver sua filha casada com um francês. No começo, Paquita não aceita as investidas de Lucien, por ser de um nível social inferior ao do rapaz. O casal também tem que lidar com Inigo, um cigano apaixonado por Paquita e que trama com governador para matar Lucien. O nobre é levado à casa de Inigo para ser assassinado, mas Paquita o alerta, frustrando os planos do cigano. O clímax surge quando os apaixonados descobrem que Paquita é nobre, prima de Lucien e os dois podem se casar. A coreografia por Mazilier foi criada para explorar as grandes habilidades de Carlotta Grisi, que já havia encantado platéias com sua Giselle cinco anos antes da estréia de Paquita. De Giselle também veio o intérprete de Lucien, o bailarino Lucien Petipa, que havia sido o Albretch de Carlotta. O divertissimant final acrescentado por Petipa é uma mostra do mais puro classicismo, com brilhantes passagens de virtuosismo.

Como o ballet logo desapareceu dos palcos de Paris na segunda metade do século XIX, mas na Rússia continuou a ser encenado até os anos XX, a coreografia de Mazilier se perdeu e o ballet passou a ser conhecido pelo Grand Pas de Petipa. Na Rússia o então diretor do Kirov, Oleg Vinagrodov, transformou o Pas de Trois e o Grand Pas em um divertissimant, em 1978. Antes disso, o ballet havia recebido versões de Danilova, Balanchine e Nureyev. Sua versão, no entanto, utiliza a história de uma maneira ligeira, como um mero pretexto para as danças. Inclusive variações virtuosas para homens, que no original eram feitas por mulheres en travesti. Em 2001, Pierre Lacotte recriou o ballet em sua pantomima original. Essa versão utiliza bastante mímica para contar a história e resgata, se não a coreografia de Mazilier, o estilo de dançar do século XIX. Além de contar com um figurino bastante fiel ao ambiente e época que retrata. Essa versão foi feita para o ballet da Ópera de Paris.

PAQUITA

Música: Edouard Marie Ernest Deldevez
Libreto: Joseph Mazilier e Pierre Foucher
Coreografia:  Joseph Mazilier
Estréia: 1º de Abril de 1846, na Academia Real de Música de Paris

  • Ato I. Cena I: O grupo de um nobre, Lucien, para em um acampamento cigano para descansar. Lá, ele conhece Paquita e logo se apaixona por ela. A moça, no entanto é alvo das atenções de Inigo, o chefe dos ciganos que começa a tramar contra a vida do rapaz e o convida para jantar. Lucien, por sua vez, já está comprometido.

  •  Ato I. Cena II: Mostra a casa de Inigo e Paquita. Inigo e o governador conspiram para matar Lucien. O plano consiste em drogar Lucien durante um jantar para poder esfaqueá-lo. No entanto, Paquita ouve a conversa e avisa a Lucien e os dois fogem da casa. Essa cena é feita de mímica na maior parte.

  • Ato II: Enquanto acontecem os preparativos para o casamento entre Lucien e Serafina, ele chega com Paquita e pede que ela se case com ele. Ela não quer aceitar por ser cigana, mas ela percebe um retrato igual ao que ela leva em um camafeu, descobrindo que além de nobre, é prima de Lucien. Dessa forma, eles podem casar. É nesse ato que podemos ver o famoso Grand Pas Classique.
 

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Criado em fevereiro de 2012 o blog "Expressão da minha alma" é uma página que criei com o objetivo de compartilhar diversos assuntos relacionados ao mundo da dança, em sua maioria, questionamentos levantados por mim mesma ao decorrer da minha carreira de bailarina. Esse espaço é destinado principalmente a outros bailarinos, que assim como eu gostam de se manter sempre atualizados. Nós bailarinos vivemos em constante aprendizado e foi justamente com essa linha de pensamento que tomei a iniciativa de criar esse blog, afinal, ao publicar algo também estarei aprendendo cada vez mais sobre essa arte, pois antes faço uma breve pesquisa (quando necessário) para postar artigos de conteúdo, com isso, também estarei aprendendo cada vez mais sobre essa arte.

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